O cinema do prolífico artista e cineasta Cao Guimarães é rico em devaneios cotidianos e intensidade sensorial. Nascido em Belo Horizonte, Guimarães enfatiza intuitivamente um senso de localidade em seus filmes e fotografias, que está sintonizado com a realidade material e a tradição folclórica de sua terra natal. Através de seus filmes, muitos dos quais são uma mistura pouco convencional de documentário e filosofia visual, a mixagem de som sensível confere uma emoção intensa à sinfonia oculta da natureza e da vida cotidiana. Desde o zumbido de um ventilador no calor do verão até o crepitar de folhas secas debaixo dos pés de alguém que caminha, esses pequenos detalhes sonoros evocam experiências sensuais concretas, tantas vezes ofuscadas pelas rápidas exigências do capitalismo e do consumismo.
A jornada cinematográfica de Guimarães começou depois de ter morado em Londres nos anos 1990. Viajando para o exterior, o artista tomou consciência de como os objetos eram produzidos apenas para serem jogados fora pouco tempo depois, ao contrário da forma como os utilitários domésticos estragados são reparados e reaproveitados em países como o Brasil. Documentários como Rua de Mão Dupla (2002) e A Alma do Osso (2004), que focam na vida hermética e solitária, revitalizam lindamente a aura única dos artefatos comuns. Eles funcionam como um conduto para os interiores emocionais de seus donos. Semelhante a sua experiência artística Histórias do Não Ver, na qual ele se permite ser vendado e “sequestrado” por amigos, seu cinema também explora novas formas de ver e não ver, considerando as limitações da própria visão. Além dos experimentos visuais, a filmografia de Guimarães também destaca seu amor pela beleza transformadora da vida e da natureza, que culmina em seu comovente e pessoal Otto (2012), um diário visual que documenta a gravidez de sua esposa e o nascimento de seu filho. O cinema de Guimarães registra a vida das coisas, nos encorajando a estar emocional e fisicamente conectados com o nosso ambiente, diante das distrações monótonas fomentadas por um mundo cada vez mais consumista.

O cinema do prolífico artista e cineasta Cao Guimarães é rico em devaneios cotidianos e intensidade sensorial. Nascido em Belo Horizonte, Guimarães enfatiza intuitivamente um senso de localidade em seus filmes e fotografias, que está sintonizado com a realidade material e a tradição folclórica de sua terra natal. Através de seus filmes, muitos dos quais são uma mistura pouco convencional de documentário e filosofia visual, a mixagem de som sensível confere uma emoção intensa à sinfonia oculta da natureza e da vida cotidiana. Desde o zumbido de um ventilador no calor do verão até o crepitar de folhas secas debaixo dos pés de alguém que caminha, esses pequenos detalhes sonoros evocam experiências sensuais concretas, tantas vezes ofuscadas pelas rápidas exigências do capitalismo e do consumismo.
A jornada cinematográfica de Guimarães começou depois de ter morado em Londres nos anos 1990. Viajando para o exterior, o artista tomou consciência de como os objetos eram produzidos apenas para serem jogados fora pouco tempo depois, ao contrário da forma como os utilitários domésticos estragados são reparados e reaproveitados em países como o Brasil. Documentários como Rua de Mão Dupla (2002) e A Alma do Osso (2004), que focam na vida hermética e solitária, revitalizam lindamente a aura única dos artefatos comuns. Eles funcionam como um conduto para os interiores emocionais de seus donos. Semelhante a sua experiência artística Histórias do Não Ver, na qual ele se permite ser vendado e &#8220;sequestrado&#8221; por amigos, seu cinema também explora novas formas de ver e não ver, considerando as limitações da própria visão. Além dos experimentos visuais, a filmografia de Guimarães também destaca seu amor pela beleza transformadora da vida e da natureza, que culmina em seu comovente e pessoal Otto (2012), um diário visual que documenta a gravidez de sua esposa e o nascimento de seu filho. O cinema de Guimarães registra a vida das coisas, nos encorajando a estar emocional e fisicamente conectados com o nosso ambiente, diante das distrações monótonas fomentadas por um mundo cada vez mais consumista.

Realidades Sensoriais: O Cinema de Cao Guimarães

REALIDADES SENSORIAIS: O CINEMA DE CAO GUIMARÃES

Rico em intensidade sensorial, o cinema do artista e cineasta Cao Guimarães está sintonizado com a realidade material da natureza e da vida cotidiana. Trata-se de combinações únicas de documentário com filosofia visual, com sonoridades singulares que evocam uma sinfonia de experiências sensuais.

Rico em intensidade sensorial, o cinema do artista e cineasta Cao Guimarães está sintonizado com a realidade material da natureza e da vida cotidiana. Trata-se de combinações únicas de documentário com filosofia visual, com sonoridades singulares que evocam uma sinfonia de experiências sensuais.