Muito antes de receber uma visita extraterrestre, de sonhar com ovelhas elétricas ou de viajar para as dunas de Arrakis, Denis Villeneuve tinha os olhos nas estrelas. Seu trio de espetaculares filmes de ficção científica — A Chegada (2016), Blade Runner 2049 (2017) e Dune (2021) — uniu a introspecção filosófica com a escala do sucesso de bilheteria, colmatando a divisão entre cinema de arte e o multiplex. Embora Villeneuve não tenha iniciado sua carreira com centenas de milhões de dólares de estúdio à sua disposição, é possível identificar um fascínio celestial metafísico logo em seus primeiros filmes canadenses.
Este fascínio está presente nos hotéis espaciais e nas paisagens extraterrestres de Utah em seu primeiro filme, 32 de Agosto na Terra (1998), uma odisseia de autodescoberta em que uma jovem fica desesperada para engravidar depois de sofrer um acidente quase fatal, vendo a criação como uma forma de neutralizar a destruição. Redemoinho (2000), seu segundo longa restaurado de forma magnífica, também se centra em um acidente de carro. Ele começa com “Good Morning Starshine” do musical Hair (1967), antes de tecer uma teia cósmica de ligações da protagonista privilegiada até o conceito peculiar de um peixe falante morto, oferecendo observações sábias como um coro de Cronenberg. Antes desses dois filmes, Villeneuve contribuiu para o filme coletivo Cosmos (1996) com um episódio sobre “a morte da matéria no alvorecer do segundo milênio”. Convenientemente, dadas as recentes críticas do diretor ao fato de Dune ser visto em qualquer outro lugar que não no cinema, é uma sátira mordaz de televisão com uma produção subjetiva que faz referência a Terry Gilliam — o que fica claro pela inclusão do tema de Brazil, o Filme (1985). As sementes das ousadas e cósmicas visões de Villeneuve estão espalhadas pelas superfícies dessas primeiras obras. “O resto é o futuro”, diz um personagem com preocupações existenciais, “fora do nosso alcance”.

Muito antes de receber uma visita extraterrestre, de sonhar com ovelhas elétricas ou de viajar para as dunas de Arrakis, Denis Villeneuve tinha os olhos nas estrelas. Seu trio de espetaculares filmes de ficção científica &#8212; A Chegada (2016), Blade Runner 2049 (2017) e Dune (2021) &#8212; uniu a introspecção filosófica com a escala do sucesso de bilheteria, colmatando a divisão entre cinema de arte e o multiplex. Embora Villeneuve não tenha iniciado sua carreira com centenas de milhões de dólares de estúdio à sua disposição, é possível identificar um fascínio celestial metafísico logo em seus primeiros filmes canadenses.
Este fascínio está presente nos hotéis espaciais e nas paisagens extraterrestres de Utah em seu primeiro filme, 32 de Agosto na Terra (1998), uma odisseia de autodescoberta em que uma jovem fica desesperada para engravidar depois de sofrer um acidente quase fatal, vendo a criação como uma forma de neutralizar a destruição. Redemoinho (2000), seu segundo longa restaurado de forma magnífica, também se centra em um acidente de carro. Ele começa com &#8220;Good Morning Starshine&#8221; do musical Hair (1967), antes de tecer uma teia cósmica de ligações da protagonista privilegiada até o conceito peculiar de um peixe falante morto, oferecendo observações sábias como um coro de Cronenberg. Antes desses dois filmes, Villeneuve contribuiu para o filme coletivo Cosmos (1996) com um episódio sobre &#8220;a morte da matéria no alvorecer do segundo milênio&#8221;. Convenientemente, dadas as recentes críticas do diretor ao fato de Dune ser visto em qualquer outro lugar que não no cinema, é uma sátira mordaz de televisão com uma produção subjetiva que faz referência a Terry Gilliam &#8212; o que fica claro pela inclusão do tema de Brazil, o Filme (1985). As sementes das ousadas e cósmicas visões de Villeneuve estão espalhadas pelas superfícies dessas primeiras obras. &#8220;O resto é o futuro&#8221;, diz um personagem com preocupações existenciais, &#8220;fora do nosso alcance&#8221;.

Uma Trajetória Cósmica: Primeiros Filmes de Denis Villeneuve

UMA TRAJETÓRIA CÓSMICA: PRIMEIROS FILMES DE DENIS VILLENEUVE

Embora Villeneuve não tenha iniciado sua carreira com centenas de milhões de dólares de estúdio à sua disposição, é possível ver um fascínio celestial metafísico logo em seus primeiros filmes. As sementes das visões cósmicas de Villeneuve estão espalhadas pelas superfícies dessas obras restauradas.

Embora Villeneuve não tenha iniciado sua carreira com centenas de milhões de dólares de estúdio à sua disposição, é possível ver um fascínio celestial metafísico logo em seus primeiros filmes. As sementes das visões cósmicas de Villeneuve estão espalhadas pelas superfícies dessas obras restauradas.