Na entrada da casa onde Fernanda Torres passou a infância, havia um mosaico de Dionísio, o deus grego do teatro, montado sobre um tigre indomado. A imagem, que simboliza a volatilidade do palco, deixou uma marca indelével em sua imaginação. Atualmente uma das maiores atrizes do cinema brasileiro, Torres canaliza a mesma paixão incandescente e a mesma entrega exaustiva em suas interpretações. Por ocasião de seu 60º aniversário, esta coleção revisita uma carreira extraordinária, destacando alguns de seus papéis mais memoráveis.
Aos vinte anos, Torres fez história ao protagonizar Eu Sei Que Vou Te Amar (1986), de Arnaldo Jabor, tornando-se a primeira brasileira a ganhar o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes. Drama explosivo com apenas dois personagens, essa história erótica de desejo e obsessão acompanha um casal de ex-amantes cujo reencontro conflituoso em seu antigo lar conjugal se transforma numa verdadeira batalha dos sexos. Recusando-se a ser apenas objeto de desejo em meio aos interiores elegantes, a femme fatale feroz de Torres enfrenta tudo com uma determinação de ferro. Codirigido por seu irmão Cláudio Torres, Traição (1998) também mergulha na instabilidade das relações tradicionais. O filme episódico adapta várias obras literárias de Nelson Rodrigues para o cinema, cada uma retratando o Rio de Janeiro em uma época diferente. Contracenando com sua mãe, a lendária Fernanda Montenegro, Torres emociona ao interpretar uma jovem noiva cujo casamento é destruído pela própria irmã.
Também inspirado em um conto de Rodrigues e novamente com Montenegro no elenco, Gêmeas (1999) é outro projeto em família. Sob direção de Andrucha Waddington, seu parceiro de vida e de criação, Torres brilha no papel duplo de irmãs idênticas que se divertem em jogos de troca de identidade. Mas quando ambas se apaixonam pelo mesmo homem, as brincadeiras infantis tomam um rumo trágico. O repertório de mulheres complexas de Torres não se limita apenas ao drama de arte. Nome popular também por seu talento cômico em diversas séries de TV, ela empresta sua sagacidade a Saneamento Básico, o Filme (2007), de Jorge Furtado, um grande sucesso de bilheteria. Em uma pequena vila castigada por um sistema de esgoto precário, um grupo de moradores comuns descobre uma brecha inusitada para obter uma verba pública: fazer um filme de monstro caseiro! Hilária no papel de líder ingênua mas obstinada, Torres entrega uma atuação vibrante que celebra, com afeto, a beleza da coletividade e do próprio cinema. Seja na comédia ou no drama, sob as luzes do palco ou nas telas do cinema, a atriz brasileira toca o coração de milhões com sua carismática presença em cena.

Na entrada da casa onde Fernanda Torres passou a infância, havia um mosaico de Dionísio, o deus grego do teatro, montado sobre um tigre indomado. A imagem, que simboliza a volatilidade do palco, deixou uma marca indelével em sua imaginação. Atualmente uma das maiores atrizes do cinema brasileiro, Torres canaliza a mesma paixão incandescente e a mesma entrega exaustiva em suas interpretações. Por ocasião de seu 60º aniversário, esta coleção revisita uma carreira extraordinária, destacando alguns de seus papéis mais memoráveis.
Aos vinte anos, Torres fez história ao protagonizar Eu Sei Que Vou Te Amar (1986), de Arnaldo Jabor, tornando-se a primeira brasileira a ganhar o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes. Drama explosivo com apenas dois personagens, essa história erótica de desejo e obsessão acompanha um casal de ex-amantes cujo reencontro conflituoso em seu antigo lar conjugal se transforma numa verdadeira batalha dos sexos. Recusando-se a ser apenas objeto de desejo em meio aos interiores elegantes, a femme fatale feroz de Torres enfrenta tudo com uma determinação de ferro. Codirigido por seu irmão Cláudio Torres, Traição (1998) também mergulha na instabilidade das relações tradicionais. O filme episódico adapta várias obras literárias de Nelson Rodrigues para o cinema, cada uma retratando o Rio de Janeiro em uma época diferente. Contracenando com sua mãe, a lendária Fernanda Montenegro, Torres emociona ao interpretar uma jovem noiva cujo casamento é destruído pela própria irmã.
Também inspirado em um conto de Rodrigues e novamente com Montenegro no elenco, Gêmeas (1999) é outro projeto em família. Sob direção de Andrucha Waddington, seu parceiro de vida e de criação, Torres brilha no papel duplo de irmãs idênticas que se divertem em jogos de troca de identidade. Mas quando ambas se apaixonam pelo mesmo homem, as brincadeiras infantis tomam um rumo trágico. O repertório de mulheres complexas de Torres não se limita apenas ao drama de arte. Nome popular também por seu talento cômico em diversas séries de TV, ela empresta sua sagacidade a Saneamento Básico, o Filme (2007), de Jorge Furtado, um grande sucesso de bilheteria. Em uma pequena vila castigada por um sistema de esgoto precário, um grupo de moradores comuns descobre uma brecha inusitada para obter uma verba pública: fazer um filme de monstro caseiro! Hilária no papel de líder ingênua mas obstinada, Torres entrega uma atuação vibrante que celebra, com afeto, a beleza da coletividade e do próprio cinema. Seja na comédia ou no drama, sob as luzes do palco ou nas telas do cinema, a atriz brasileira toca o coração de milhões com sua carismática presença em cena.

A Vida Presta: 60 anos de Fernanda Torres

A VIDA PRESTA: 60 ANOS DE FERNANDA TORRES

Uma das maiores atrizes do cinema brasileiro, a icônica Fernanda Torres conquista milhões de espectadores com uma presença de tela que transita entre drama e comédia. Em celebração aos seus 60 anos, esta coleção revisita uma carreira extraordinária, destacando alguns de seus papéis mais memoráveis.

Uma das maiores atrizes do cinema brasileiro, a icônica Fernanda Torres conquista milhões de espectadores com uma presença de tela que transita entre drama e comédia. Em celebração aos seus 60 anos, esta coleção revisita uma carreira extraordinária, destacando alguns de seus papéis mais memoráveis.